
Mas Almodóvar vai além de dissecar os dezesseis longa-metragens que realizou em vinte e seis anos: o cineasta discorre sobre sua vida, família, iniciação na sétima arte, influências e até relacionamento com os atores. Ficamos sabendo, por exemplo, detalhes sobre as dificuldades de Gael García Bernal para atuar travestido de mulher em Má Educação e também sobre o deterioramento da longa parceria entre Almodóvar e sua musa Carmen Maura. Outro aspecto interessante é o fato de Almodóvar não possuir uma educação formal na área de cinema e, a despeito disso, conhecer tão profundamente cada etapa da realização de um filme, da elaboração do roteiro a detalhes minúsculos a respeito da cenografia ou do figurino.
Mais do que tudo, o leitor sente em cada declaração a paixão e sinceridade com que Almodóvar vivencia sua arte, nunca colocando as conveniências comerciais acima de sua visão artística privilegiada. Leitura obrigatória para qualquer um que se considere amante não apenas do cinema, mas de qualquer expressão artística.
Olá,
ResponderExcluirSou Bruna Pallini, trabalho na Edelman, agência de comunicação da Jorge Zahar Editor.
Muito bom o seu post! O livro de Frédéric Strauss é uma espécie de biografia de Almodóvar contada por meio de seus filmes.
Abraços!