quinta-feira, 7 de março de 2013

Oz: Mágico e Poderoso


A aventura fantástica Oz: Mágico e Poderoso certamente era um dos filmes mais aguardados deste ano. Produzido pela Disney e dirigido por Sam Raimi, o filme se propõe a investigar o passado do mítico Mágico de Oz. O personagem aparece desde o primeiro dos catorze livros ambientados na terra de Oz escritos pelo americano L. Frank Baum, mas suas origens nunca foram muito esclarecidas pelo escritor. O problema é que quem for ao cinema estimulado por essa proposta pode se decepcionar, já que o filme de Raimi não chega a acrescentar nada de tão relevante assim ao que já se conhece sobre o personagem. Vale ressaltar que reside justamente aí, no excesso de expectativa, o ponto fraco do filme.

No bonito prólogo rodado em P&B (visualmente mais interessante do que o colorido excessivo que vem a seguir) o espectador é apresentado a Oscar Diggs, um mágico de circo pobretão que usa o nome artístico Oz e não hesita em tirar partido de sua bela figura para seduzir mocinhas ingênuas com promessas de fama e glamour. Na tentativa de fugir de um dos seus muitos desafetos, Oz embarca em um balão e acaba arrastado para dentro de um tornado, desse modo deixando o Kansas e indo parar na Terra de Oz, onde, por conta de seu nome, é confundido com o mago que salvaria o povo da opressão da feiticeira má e restauraria a paz. Pelo menos, assim dizia uma antiga profecia. Mas Oz logo descobre que não é muito fácil entender quem é realmente a bruxa boa da história.


Toda a parte técnica do filme é muito bem-feita, com uma direção de arte caprichada e uma caracterização sofisticada para cada personagem. James Franco, apesar de seu fiasco como apresentador, continua sendo um ator que traz boa credibilidade a papéis onde pode esbanjar seu charme e brincar um pouco com os limites da ética. Também foram bem escolhidas as três bruxas, interpretadas por atrizes de prestígio: Michelle Williams, Rachel Weisz e Mila Kunis, sendo a transformação da personagem desta última um dos momentos mais marcantes do filme. Pois é. Em algumas cenas, é possível entrever lampejos de genialidade no filme. É uma pena que a abordagem burocrática se sobreponha à originalidade na maior parte do tempo.

Não podemos dizer que Oz tenha alguma grande falha, é um bom filme em linhas gerais. Mas quando um diretor criativo como Sam Raimi e um elenco estelar se juntam para revisitar um grande clássico, a expectativa é que surja algo inovador dessa parceria. E isso não acontece. É um filme que agrada – em especial na parte visual –, mas não surpreende. A impressão que fica é a de que faltou uma pitada de humor e ousadia, qualquer coisa que deixasse os personagens mais reais e menos previsíveis. A personagem de Michelle Williams, por exemplo, é incrivelmente insossa e a atriz acaba desperdiçada em um papel bidimensional e carente de estímulos. Raimi, que sempre consegue injetar um pouco de ironia em seus filmes, aqui realiza um trabalho correto, porém de pouca personalidade.


De qualquer modo, o espectador que estiver buscando apenas um bom filme-pipoca para relaxar sem maiores exigências sairá do cinema satisfeito. A partir de amanhã nos cinemas.  

quarta-feira, 6 de março de 2013

Somos Tão Jovens - trailer


Confiram o trailer de Somos Tão Jovens, a esperada cinebiografia de Renato Russo. Para o papel do ídolo, o diretor Antonio Carlos da Fontoura escolheu o jovem Thiago Mendonça (o Luciano de 2 Filhos de Francisco). O roteiro é de Marcos Bernstein, o mesmo de Central do Brasil, O Xangô de Baker Street, Zuzu Angel e, curiosamente, também do inédito Faroeste Caboclo. Somos Tão Jovens tem previsão de estreia para o dia 3 de maio.