sábado, 31 de agosto de 2013

O retorno de Nicolas Cage?


Cinéfilos, tremei. Se acreditarmos no que está sendo dito em Veneza, parece que o cineasta David Gordon Green (sim, o mesmo de bobagens como Sua Alteza? e Segurando as Pontas) conseguiu o que muitos julgavam impossível: arrancou Nicolas Cage do piloto automático e fez o cara se lembrar de que um dia já foi um bom ator. O filme é Joe, drama no qual Cage é um ex-presidiário que encontra sua chance de redenção quando um garoto de 15 anos cruza seu caminho. Quem divide a tela com Cage é Tye Sheridan, que também está ótimo no ainda inédito Mud. O melhor é que não teremos que esperar muito para conferir esse inesperado retorno, já que Joe está confirmado para o Festival do Rio.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Festival do Rio divulga primeiros títulos

Don Jon

Divulgados os primeiros títulos do Festival do Rio, que este ano acontece de 26 de setembro a 10 de outubro, logo percebe-se que figuram na lista várias produções dirigidas por atores. A italiana Valeria Golino estreia na direção de longas (ela já havia feito dois curtas anteriormente) com Miele, uma drama sobre eutanásia que foi bastante comentado durante o último Festival de Cannes. Quem também chega “causando” é o simpático Joseph Gordon-Levitt e seu Don Jon, filme que já participou do Festival de Berlim e do Sundance e traz Gordon-Levitt como um mulherengo viciado em pornografia. Outra italiana que se aventura na direção é Valeria Bruni Tedeschi. O elenco de seu filme Un Château en Italie é formado por atores franceses e italianos, dualidade cultural que, aliás, tem sido constante na carreira de Valeria. Por fim, o já experiente na direção John Turturro comparece com o aguardado Fading Gigolo. O filme traz o próprio Turturro no inesperado papel de garoto de programa e ninguém menos do que Woody Allen como seu gigolô.

Fading Gigolo

Outra notícia interessante é que, assim como tem acontecido em edições anteriores, existe uma quantidade considerável de filmes que vêm para o Rio direto do Festival de Veneza, que termina no dia 7 de setembro. Alguns títulos já confirmados são Amazônia, de Thierry Ragobert (longa de encerramento do Festival de Veneza e de abertura do Festival do Rio); The Canyons, de Paul Schrader (o diretor ganhará, ainda, uma retrospectiva); O Desconhecido Conhecido, de Errol Morris; Joe, de David Gordon Green; Nós Somos os Melhores, de Lukas Moodysson; O Teorema Zero, de Terry Gilliam; e Walesa, de Andrzej Wajda.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Gravity é recebido com entusiasmo em Veneza

Sandra Bullock e George Clooney no Lido

Começou a corrida pelo Leão de Veneza! A 70ª edição do festival de cinema mais antigo do mundo teve início hoje com a apresentação do aguardado Gravity, o drama do mexicano Alfonso Cuarón que traz Sandra Bullock e George Clooney como astronautas literalmente perdidos no espaço. Sandra e George fizeram a sensação dos paparazzie o filme foi recebido com entusiasmo pela imprensa presente apesar dos 30 minutos de atraso que marcaram essa primeira projeção. O Festival de Veneza vai até o dia 7 de setembro. Quanto à Gravity, há rumores de que o filme desembarca por aqui no Festival do Rio.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Flores Raras


Delicadeza. Essa seria a melhor palavra para resumir muito sucintamente o novo filme de Bruno Barreto. Baseado no romance de Carmen Oliveira, Flores Raras e Banalíssimas, o longa acompanha os altos e baixos da história de amor entre a poetisa americana Elizabeth Bishop e a arquiteta brasileira Lota de Macedo Moraes. Querendo se encontrar na vida e na arte, Elizabeth (que futuramente viria a vencer um prêmio Pulitzer) deixa Nova Iorque e resolve ganhar o mundo. O que deveria ser uma curta estadia no Rio de Janeiro ganha ares definitivos à medida que ela se apaixona por Lota – com quem vivia até então sua amiga Mary.

Um dos pontos mais interessantes do filme está em sua sutileza. Não em relação ao tema, o que poderia ser confundido com excesso de pudor, mas sim na própria forma de contar a história, com um tom enxuto e uma surpreendente habilidade em evitar o melodrama ou qualquer forma de caricatura. A sobriedade da direção deixa espaço para as protagonistas brilharem, cada uma a seu modo. Gloria Pires, atuando em dois idiomas, é um furacão de energia como a decidida e empreendedora Lota. A idealizadora do Parque do Flamengo era uma mulher que se orgulhava de fazer tudo a seu modo e que encontrou na tímida e insegura poetisa seu grande amor, o que vai provocando mudanças graduais em seu modo de ser que são muito bem transmitidas pela atriz. Mais uma vez, sutileza é a palavra-chave. Já Miranda Otto é mais interiorizada e interpreta muito com os olhos, mas é igualmente competente na composição de uma personagem assustada e que luta para superar traumas profundos. O trabalho excepcional das atrizes fica ainda mais evidente na segunda metade, devido à inversão de papéis que começa a se insinuar entre elas. Vale destacar, ainda, a boa presença de Tracy Middendorf, a quem coube o ingrato papel de terceira da relação.


A fotografia deslumbrante e a direção de arte impecável dão um toque de classe e sofisticação ao filme. Talvez somente o contexto político pudesse ter sido um pouco mais delineado, considerando a proximidade de Lota com o ex-governador Carlos Lacerda e o fato de ambos terem sido a princípio favoráveis ao golpe militar. Contexto que, aliás, acabou sendo um dos fatores que contribuíram para a depressão sofrida pela personagem.

Aos que torcem por uma indicação ao Oscar do próximo ano, cabe esclarecer que o filme não poderia concorrer dentre os de língua estrangeira devido ao fato de ter parte considerável de seus diálogos em inglês. Restaria à produção investir no lançamento e divulgação do filme nos Estados Unidos e tentar, desse modo, emplacar em alguma categoria principal. Premiações à parte, Flores Raras é um desses momentos felizes do cinema nacional que não se deve perder.



domingo, 18 de agosto de 2013

Festival de Gramado 2013

Jesuita Barbosa e Irandhir Santos em uma cena de Tatuagem

O 41º Festival de Gramado anunciou na noite de ontem seus premiados. Como já esperado, o vencedor na categoria melhor longa-metragem nacional foi o aclamado Tatuagem, de Hilton Lacerda. O filme levou ainda os Kikitos de melhor ator (Irandhir Santos), melhor trilha sonora e o prêmio da crítica. O filme, ambientado na Recife do final dos anos 70, narra o romance entre um engajado líder de uma trupe teatral e um jovem soldado. Confiram abaixo todos os vencedores:

Longa-metragem (nacional):
Filme – Tatuagem
Direção – Andradina Azevedo e Dida Andrade (A Bruta Flor do Querer)
Ator – Irandhir Santos (Tatuagem)
Atriz – Leandra Leal (Éden)
Roteiro – Domingos Oliveira (Primeiro Dia de Um Ano Qualquer)
Fotografia – Gallo Rivas (A Bruta Flor do Querer)
Montagem – Karim Harley (Os Amigos)
Trilha Sonora – DJ Dolores (Tatuagem)
Direção de Arte – Eloar Guazelli e Pilar Prado (Até Que a Sbórnia Nos Separe)
Som – Edson Secco (Éden)
Ator Coadjuvante – Walmor Chagas (A Coleção Invisível)
Atriz Coadjuvante – Clarisse Abujamra (A Coleção Invisível)
Prêmio Especial do Júri – Revelando Sebastião Salgado

Longa-metragem (estrangeiro):
Filme – Repare Bem
Direção – Roberto Flores Prieto (Cazando Luciérnagas)
Ator – Cesar Troncoso (Oeste do Fim do Mundo)
Atriz – Valentina Abril (Cazando Luciérnagas)
Roteiro – Cesar Franco Esguerra (Cazando Luciérnagas)
Fotografia – Eduardo Ramirez Gonzalez (Cazando Luciérnagas)
Prêmio Especial do Júri – Grupo de Teatro Comunitário Catalinas Sur (Venimos de Muy Lejos)

Curta-metragem:
Filme – Acalanto
Direção – Arturo Sabóia (Acalanto)
Ator – Kauê Telloli (A Navalha do Avô)
Atriz – Léa Garcia (Acalanto)
Roteiro: Francine Barbosa e Pedro Jorge (A Navalha do Avô)
Fotografia – Ale Sameri, por “Arapuca”
Montagem – Gilberto Scarpa e Vinícius Gotardelo (Merda)
Trilha Sonora – Luis Olivieri (Acalanto)
Direção de Arte – Rogério Tavares (Acalanto)
Som – Tiago Bela, Rita Zarti e Marcelo Lopes da Silva (Tomou Café e Esperou)
Prêmio Especial do Júri – Os Filmes Estão Vivos”
Menção Honrosa – Carregadores de Monte

Prêmio Canal Brasil – A Navalha do Avô
Prêmio Dom Quixote – Repare Bem
Menção Honrosa – A Oeste do Fim do Mundo e Venimos de Muy Lejos
Prêmios da Crítica – Os Filmes Estão Vivos (curta), Repare Bem (longa estrangeiro) e Tatuagem (longa nacional)

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Bling Ring – A Gangue de Hollywood


O cinema de Sofia Coppola apresenta ao menos dois temas recorrentes. Em primeiro lugar, seus protagonistas são sempre jovens com problemas de autoestima tentando se encontrar e/ou se adaptar a uma situação hostil; segundo, as tramas, das quais Sofia também é roteirista, sempre criticam acidamente o jogo de aparências da sociedade, a indústria do entretenimento e o culto às celebridades. E essas caraterísticas se aplicam até mesmo à visão da cineasta para a rainha decapitada da França, Maria Antonieta – não por acaso, seu filme mais criticado e controverso. Considerando isso, quem seria mais apropriada para a direção de um filme que narra os assaltos promovidos em Hollywood por uma gangue de jovens de classe média?

Neste seu quinto longa, Sofia parte do artigo jornalístico de Nancy Jo Sales The Suspects Wore Louboutins (Os Suspeitos Usavam Louboutins, ou seja, sapatos de um famoso estilista) para desenhar um painel dos valores de uma juventude que cresceu sob a ditadura das aparências e do compartilhamento de felicidade virtual em redes sociais. O grupo conhecido como “Bling Ring” – alguns dizem que o termo se refere ao tilintar das joias; outros, ao som dos sms – cometeu uma série de furtos milionários nas mansões das celebridades de Hollywood. Obcecados em copiar seus ídolos, eles se aproveitavam da facilidade de saber quando os famosos estavam fora para roubar não somente dinheiro, mas principalmente os artigos de luxo e as roupas e acessórios de grife. Paris Hilton, Orlando Bloom e Lindsay Lohan foram algumas das vítimas.


Embora houvesse também o fator monetário na questão, a razão primordial que movia a gangue era o sentimento de ser cultuado, se sentir-se destemido, invencível, enfim, uma celebridade. Tanto que fica bem claro que a polícia nunca chegaria até os membros se eles mesmos não se exibissem tanto nas redes sociais ou contassem tanta vantagem em festas e noitadas. Obviamente, nenhum deles era burro a ponto de não saber que estava brincando com o perigo, mas era simplesmente irresistível. Segundo a lógica dos dias de hoje, de nada adianta fazer algo e não poder contar isso depois.

O filme é muito bem dirigido, com a habilidade de sempre da diretora em lidar com jovens atores. O elenco todo está muito convincente, com destaque para as talentosas Emma Watson (mais uma bola dentro da ex-Hermione da franquia Harry Potter) e Taissa Farmiga (irmã mais nova de Vera Farmiga). Interessante também o modo como são retratados os pais, alguns simplesmente omissos e outros iludidos em estar incutindo seus valores aos filhos, como é o caso da mãe da personagem de Emma Watson e suas patéticas aulinhas baseadas em filosofias discutíveis.


O ponto frágil é que, ao retratar tão de perto o jogo de aparências e superficialidade, o filme se aproxima perigosamente daquilo que busca criticar. Com sua pegada muito pop e quase documental, o longa pode deixar um pouco a desejar para o espectador que se acostumou a ver camadas mais profundas na obra de Sofia Coppola. De qualquer modo, um filme seu sempre merece a nossa atenção. E este Bling Ring, mesmo não sendo seu melhor filme, ainda assim é obrigatório para quem acompanha cinema. 

terça-feira, 13 de agosto de 2013

João de Santo Cristo no Canadá


Boa notícia para o cinema nacional. Faroeste Caboclo, a boa transposição da canção de Renato Russo para as telonas, foi escolhido para representar o Brasil no Festival de Toronto. Vale lembrar que muitos filmes de sucesso tiveram sua carreira internacional alavancada a partir do evento, como foi o caso de Quem Quer Ser um Milionário, Argo e, para ficar num exemplo mais próximo de nós, o argentino O Segredo dos Seus Olhos. O festival não tem exatamente uma competição e há somente a escolha do preferido do público, mas é considerado um excelente ponto de partida para que um filme ganhe visibilidade e feche bons acordos de distribuição no exterior. O Festival de Toronto deste ano acontecerá entre os dias 5 e 15 de setembro. 

Para ler sobre o filme, clique aqui.

Smash – Primeira Temporada


Talvez seja um pouco fora de timing falar sobre uma série que não terá sua terceira temporada, mas o que seria de nós sem os DVDs? A verdade é que a quantidade imensa de novidades com que a TV americana nos brinda anualmente faz com que algumas boas séries sejam deixadas de lado. No caso desta, houve ainda uma comparação injusta com a pavorosa Glee. Mas basta assistir ao primeiro episódio para entender que Smash não tem absolutamente nada a ver com ela. É uma série com números musicais sim, mas as semelhanças param por aí. Smash tem uma boa história, personagens bem escritos e atores competentes no elenco.

Em primeiro lugar, embora se passe nos bastidores da produção de um musical da Broadway, Smash é mais uma visão incisiva do mundo do showbiz do que propriamente um musical. A série fala de ilusões, desilusões, traição, embriaguez do sucesso e outros percalços enquanto cada um dos personagens tenta realizar seu sonho. Tudo gira em torno de um musical sobre Marilyn Monroe, a começar pelo nascimento da ideia e passando por todas as dúvidas, acertos, problemas e conquistas que uma produção precisa passar antes de finalmente chegar à ribalta.


O grande acerto desta série é o fato da música e dança serem acessórias, ou seja, os números musicais são bacanas, mas não se sobrepõem à trama e ao drama dos personagens. Outro detalhe interessante é que as duas protagonistas que se enfrentam pela chance de viver Marilyn no teatro parecem dividir duas facetas diversas da diva. Ivy (Megan Hilty, que fez Wicked na Broadway) é uma veterana do teatro musical que luta para sair da situação de corista para finalmente se tornar uma estrela e representa a amargura de uma mulher que se colocou no papel de símbolo sexual e agora quer provar desesperadamente que tem muito mais a oferecer. Já a novata Karen representa a inocência e a inexperiência da garota vinda do interior, mas também um certo deslumbramento perante a possibilidade de fama. Estaria ela preparada para isso?

Também os personagens coadjuvantes são ricos: Eileen, a produtora, é uma mulher que precisa sair da sombra do ex-marido e ex-sócio e enfrenta a desconfiança de investidores que se sentiriam mais à vontade lidando com um homem; Julia, uma das compositoras, entra em crise criativa por conta da bagunça em sua vida pessoal; enquanto isso, seu parceiro Tom vive preocupado com os problemas dela e de sua família porque, desse modo, deixa de lado sua própria vida e sua dificuldade em estabelecer vínculos afetivos; Derek é um diretor com fama de implacável e usa todo aquele mau humor como couraça. Com tantos conflitos e personagens interessantes, acaba criando-se um estranho efeito colateral: em algumas passagens, os (ótimos) números musicais acabam sendo frustrantes, justamente porque interrompem o fluxo da trama.


O elenco é ótimo, com destaque para Debra Messing, Anjelica Houston e Megan Hilty, e os personagens são realmente tridimensionais, fazendo com que o espectador alterne bruscamente a visão que tem de cada um ao longo da temporada. Resumindo: ao menos nesta primeira temporada, Smash se revelou uma boa surpresa. Vale conferir!

sábado, 10 de agosto de 2013

Paolo Sorrentino fala sobre La Grande Bellezza


O cineasta Paolo Sorrentino (Il Divo, This Must Be the Place) concedeu à imprensa italiana essa interessante entrevista a respeito de seu filme mais recente, La Grande Bellezza. O filme, que esteve em competição no último festival de Cannes, já está em cartaz na Europa, mas ainda não tem uma data de estreia aqui no Brasil. Confiram a entrevista e acompanhem abaixo a tradução:



Jornalista – Qual foi o maior risco corrido com La Grande Bellezza: ser exagerado, presunçoso ou aquele que, a meu ver, é o risco mais interessante, que é o de ser sincero?

Paolo Sorrentino – Acho que todos os três: acredito que o risco seja de ser exagerado, presunçoso e também sincero. Os amigos me contam sobre reações violentas, tanto pelo lado positivo como negativo, então me parece que alguma forma de sinceridade deve haver; caso contrário, seriam inexplicáveis essas reações a um filme que fala de sentimentos e não de temas polêmicos. Quando fiz Il Divo esperava algum tipo de reação, mas não houve. Exceto por Pomicino (Paolo Pomicino, um dos políticos italianos retratados no filme), que fingiu se aborrecer, ninguém mais se chateou; neste, por incrível que pareça, tantos se chatearam, então deve ser um filme sincero, ao menos eu penso assim, outros podem achar que é uma falsidade, mas... sei lá. (...) Ele (o protagonista, o escritor Jep Gambardella) vê a normalidade como uma espécie de sonho indecifrável e quando se vê diante dela prova uma espécie de estupor arcaico. (...) Servillo (Toni Servillo, intérprete de Gambardella) é um ator notável, fantástico e, a meu ver, sempre surpreendente de formas novas; para mim, é muito fascinante trabalhar com ele porque há uma espécie de atmosfera familiar e confortável, mas não uma coisa de rotina porque ele sabe se reinventar.

Jornalista 
– Como nascem os seus personagens?

Paolo Sorrentino – Nascem como em um quebra-cabeça: se pode pegar pessoas reais e juntar duas ou três no mesmo personagem, outras coisas se inventa, se faz toda uma série de truques e estratagemas, tudo para chegar à tentativa de definir os contornos de um personagem.

Jornalista – Assim como Jep Gambardella, eu também tenho necessidade de saber o significado de conflitualidade entendida como vibração… ou o significado geral de vibração (acho que temos que ver o filme primeiro para entender essa pergunta).

Paolo Sorrentino – Isso você teria que perguntar à pessoa real que inspirou aquela entrevista, mas infelizmente não posso dizer quem é porque é alguém famoso. Não sei bem o que é uma vibração, portanto devo me abster de dizê-lo.

Jornalista – E então há Roma, que aqui é como uma bela mulher, misteriosa, fascinante, pela qual se sente muito atraído, mas de quem também se pode fugir...

Paolo Sorrentino – Esta é uma boa ideia, não tinha pensado em Roma como uma mulher… Bom, alguns fogem porque os homens claramente não entendem as mulheres, mas, no final das contas, eles ou ficam ou fogem, e alguns fogem, como o personagem de Verdone (Carlo Verdone).

Jornalista – A única coisa sobre Cannes que eu gostaria de perguntar é sobre a associação que foi feita com La Dolce Vita de Fellini, que, na verdade, não é tão doce assim em La Grande Bellezza: o que lhe aborreceu mais e o que lhe deu mais prazer quanto a isso? 

Paolo Sorrentino – Imagina. Qualquer referência, mesmo que vaga, a uma grande obra do cinema só me envaidece, desde que não se diga que eu quis fazer uma imitação, mas, como não creio que tenha sido dito nesse sentido, só posso ficar feliz. É muito simples, La Dolce Vita é uma obra-prima, um filme feito de modo feliz sob todos os aspectos; é um filme que pertence a um daqueles nomes que figura numa seletíssima lista de pessoas que faziam este trabalho em outro nível e, portanto, não pode haver realmente uma comparação. (...) Acho que era Carmelo Bene (ator, dramaturgo, diretor, escritor e poeta italiano) quem dizia "errando se ensina". Onde foi que eu errei? Bom, certamente devo ter cometido muitos erros, mas nesse aspecto eu tenho um bom temperamento porque os esqueço muito depressa.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Thor: O Mundo Sombrio - Trailer


Vem aí mais uma aventura com o deus do martelo. Thor: O Mundo Sombrio é situado não somente depois do primeiro filme solo de Thor, mas também na sequência de Os Vingadores. Agora Thor precisa unir forças com o traiçoeiro Loki para enfrentar uma ameaça maior. Chris Hemsworth, Natalie Portman, Tom Hiddleston e Idris Elba continuam à frente do elenco. Esperemos que este segundo longa seja mais bem resolvido do que seu predecessor. O filme estreia aqui no Brasil em 1º de novembro deste ano. Enquanto isso, confiram o trailer oficial:




quinta-feira, 8 de agosto de 2013

American Horror Story - teasers da terceira temporada


Embora a terceira temporada da série American Horror Story só comece em outubro, a produção já vem apavorando seus espectadores com teasers bizarros. Essa terceira temporada, que tem o subtítulo Coven, tratará do tema bruxaria e terá mais sequências externas – a primeira e a segunda se concentravam, respectivamente, em uma casa mal-assombrada e uma clínica psiquiátrica. Jessica Lange continua imbatível à frente do elenco, que ainda traz Evan Peters, Taissa Farmiga, Sarah Paulson e Lily Rabe. As novas aquisições na equipe são Kathy Bates e Gabourey Sidibe (a “Preciosa”). Confiram os teasers:





quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Angelina Jolie é Malévola


E as releituras de contos de fada continuam mesmo em alta. Se em 2012 tivemos duas Brancas de Neve, 2014 será a vez da Bela Adormecida. Vem aí Maleficent, longa da Disney que reconta a história... do ponto de vista da bruxa! No papel de Malévola, Angelina Jolie. Caberá a Elle Fanning a ingrata tarefa de fazer uma princesa Aurora que consiga não ser ofuscada pelo bocão de Jolie. O filme tem previsão de estreia nos Estados Unidos para julho do ano que vem. Confiram abaixo o cartaz oficial.


sábado, 3 de agosto de 2013

5 filmes


Numa inédita parceria com o Cine Resenhas, o A&S participa de matéria especial falando sobre cinco clássicos inesquecíveis. Confiram o resultado aqui!