terça-feira, 25 de novembro de 2014

Sétimo


O recém-divorciado advogado Sebastián tem um jogo recorrente com os filhos sempre que vai buscá-los na casa de ex-esposa: ele pega o elevador no sétimo andar enquanto as crianças tentam chegar antes, descendo pelas escadas. A brincadeira vira drama no dia em que ele chega ao térreo, mas Luca e Luna não vêm correndo a seguir. Como podem duas crianças desaparecer dentro do prédio onde moram sem deixar vestígios?

Esse filme é a prova inequívoca de que mesmo um ator que escolhe cuidadosamente seus papéis pode errar feio. Apesar de protagonizado pelo muso absoluto do cinema portenho, Ricardo Darín, Sétimo é tão banal e sem vitalidade que nem mesmo um ator do calibre de Darín consegue salvá-lo. O roteiro tenta ser engenhoso e criar reviravoltas, mas é pouco convincente e falha em estabelecer qualquer tipo de tensão ou suspense. A trama oscila entre o óbvio e o mal explicado, culminando em uma resolução forçada e sem brilho.

Coprodução entre Argentina e Espanha, o filme também traz no elenco a atriz Belén Rueda, de O Orfanato. Esperemos que Belén e Darín tornem a trabalhar juntos em condições mais favoráveis.