quinta-feira, 11 de novembro de 2010

United States of Tara


Como não tenho TV a cabo, muitas vezes tardo um pouco para me inteirar das novidades em termos de séries. Por isso a demora em conhecer a ótima United States of Tara. Criada por Diablo Cody – a oscarizada roteirista de Juno –, a trama é centrada em Tara Gregson, uma mulher casada e mãe de dois adolescentes que sofre de TDI (transtorno dissociativo de identidade), ou seja, tem múltipla personalidade. A série inicia quando Tara e o marido Max resolvem que ela precisa dar um tempo na medicação e se autoconhecer, o que tem como efeito colateral deixar afluir seus outros “alters”: Alice, dona de casa eficiente e ultraconservadora; T., adolescente rebelde de 16 anos; e Buck, um veterano do Vietnã machão.

O assunto da família disfuncional certamente se esgotaria logo na primeira temporada (e a série acaba de encerrar sua segunda) não fossem as boas subtramas secundárias e o excelente elenco. Toni Collette está sensacional no papel-título, conseguindo alcançar estados bastante diferenciados para cada personalidade e, ao mesmo tempo, mantendo uma certa unidade, como se a verdadeira Tara sempre estivesse subjacente. Não foi à toa que a atriz ganhou um Emmy em 2009 e o Globo de Ouro e o SAG deste ano. O sempre simpático John Corbertt interpreta Max, o maridão que ama a esposa acima de todas as suas loucuras e a boa química entre os atores e a sinceridade com que seus personagens são mostrados fazem com que o público se apaixone pelo casal. No elenco coadjuvante, destaca-se Rosemarie DeWitt como Charmaine, a irmã que sempre viveu à sombra de Tara e suas complicações.

Para quem ainda não conhece, fica a dica.

Toni Collette como suas múltiplas personagens. Da esquerda para a direita, Tara, T., Buck e Alice.

2 comentários:

  1. Amo a Toni Collette e até o momento lamento não ter conseguido reservar um tempo para assistir "United States of Tara". Mas está difícil, pois atualmente estou vendo "The Big C", "In Treatment" e até "Everybody Hates Chris".

    A história de múltiplas personalidades parecem render situações engraçadas e a chance para Toni mostrar todo o seu potencial como intérprete cômica e dramática. Vou conferir uma hora. ;-)

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  2. Vale a pena fazer um esforço, Alex. Não apenas a Toni, mas o elenco todo da série é muito bom.

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