Muito chato terminar o Festival justo com um dos piores filmes, mas isso é algo que não se pode prever. Depois do bom programa duplo American Boy + American Prince e do ótimo Aquário, eis que tenho o desprazer de assistir a mais uma cópia mal-disfarçada de Elefante. Poderia ser uma cópia boa, pelo menos. Não é o caso. Polytechnique é um filme redundante do começo ao fim, desprovido de foco e que nada acrescenta à vida do espectador.
OK. Ele não é sobre o massacre da Columbine High School e sim sobre um caso semelhante ocorrido em 1989 na Escola Politécnica de Montreal – daí o título. Um jovem de 25 anos invadiu a escola armado com um rifle e assassinou impiedosamente todas as mulheres que encontrou pela frente. A diferença deste massacre para outros é o fato do assassino ter um foco mais direcionado: ele odiava apenas as mulheres independentes – que ele classificava como “feministas”, fossem ou não – e não a humanidade como um todo. O longa distribui sua perspectiva entre os estudantes Jean-François e Valérie e o maníaco do rifle, o que não funciona e só aumenta e sensação de dispersão que permeia todo o filme.
Valérie, uma das sobreviventes, é o único personagem com um pouquinho mais de estofo, já que Jean-François é pessimamente delineado e o franco-atirador apenas reclama sobre alguém chamada Lotte (que apenas podemos supor tratar-se de uma ex-namorada que virou desafeto) e o indistinto mal que as tais feministas causaram à sua vida. No mais, Polytechnique tenta copiar Elefante em quase tudo, desde as repetições de cenas sob diferentes pontos de vista até tomadas melancólicas mostrando longos corredores vazios.
O filme esteve na quinzena dos realizadores do Festival de Cannes 2009. Tenho a impressão de que o evento já foi bem mais seletivo em sua curadoria.
Nota: 2,0
(Polytechnique, de Denis Villeneuve. Canadá, 2009. 77 minutos. Expectativa)
OK. Ele não é sobre o massacre da Columbine High School e sim sobre um caso semelhante ocorrido em 1989 na Escola Politécnica de Montreal – daí o título. Um jovem de 25 anos invadiu a escola armado com um rifle e assassinou impiedosamente todas as mulheres que encontrou pela frente. A diferença deste massacre para outros é o fato do assassino ter um foco mais direcionado: ele odiava apenas as mulheres independentes – que ele classificava como “feministas”, fossem ou não – e não a humanidade como um todo. O longa distribui sua perspectiva entre os estudantes Jean-François e Valérie e o maníaco do rifle, o que não funciona e só aumenta e sensação de dispersão que permeia todo o filme.
Valérie, uma das sobreviventes, é o único personagem com um pouquinho mais de estofo, já que Jean-François é pessimamente delineado e o franco-atirador apenas reclama sobre alguém chamada Lotte (que apenas podemos supor tratar-se de uma ex-namorada que virou desafeto) e o indistinto mal que as tais feministas causaram à sua vida. No mais, Polytechnique tenta copiar Elefante em quase tudo, desde as repetições de cenas sob diferentes pontos de vista até tomadas melancólicas mostrando longos corredores vazios.
O filme esteve na quinzena dos realizadores do Festival de Cannes 2009. Tenho a impressão de que o evento já foi bem mais seletivo em sua curadoria.
Nota: 2,0
(Polytechnique, de Denis Villeneuve. Canadá, 2009. 77 minutos. Expectativa)
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