quarta-feira, 15 de abril de 2009

Anjos da Noite - A Rebelião


Está chegando aos cinemas o terceiro filme da bem-sucedida franquia Underworld, mais conhecida por aqui como Anjos da Noite. Anjos da Noite - A Rebelião aborda as origens do milenar ódio entre vampiros e lobisomens. A trama, que se passa no período medieval, conta uma história que foi apenas mencionada no primeiro filme: a do amor proibido entre a vampira Sonya e Lucian, primeiro dos lobisomens com aparência humana e temperamento controlado.

Segundo a mitologia da série, tanto vampiros como lobisomens descendem dos filhos do primeiro imortal, Alexander Corvinus. Com a diferença de que os aristocráticos vampiros são filhos de Markus enquanto os selvagens lobisomens vêm da linhagem de William. A princípio, os lobisomens eram meras feras sem qualquer traço humano caçadas pelos elegantes vampiros, possuidores de inteligência e habilidades políticas. Até que uma anomalia genética faz com que um lobisomem fêmea gere um filho de aparência humana. O menino, Lucian, é criado por Viktor, que faz dele uma espécie de capataz. Escravo, mas com regalias. Até que sua paixão por Sonya, filha única de Viktor, desencadeia o conflito que levará à revolta não apenas dele mas de todos os outros cativos.


Como esta prequel se passa numa época muito anterior, o longa não conta com os astros Kate Beckinsale e Scott Speedman – a não ser por uma pequena aparição de Kate. O foco principal desta vez fica por conta do personagem Lucian, interpretado novamente por Michael Sheen. Aliás, não canso de me impressionar como nesta série o ator inglês de aspecto tradicional e comportado consegue se transmutar num lobisomem fortão e sexy. Mistérios da caracterização, benditos sejam. Seu antagonista é o poderoso Viktor que, como sabemos pelo primeiro filme, chegará a decisões extremas e dolorosas para impedir a união entre as duas raças.

O longa mantém o interesse do espectador através do exuberante visual, amplificado pela ambientação de época. Afinal de contas, armaduras, castelos e tomadas em florestas sombrias têm tudo a ver com o tema. Outro ponto alto é o sempre bom jogo cênico entre Michael Sheen e Bill Nighy, perfeitos em seus papéis. Já Rhona Mitra, o pivô da discórdia, se limita a clonar o estilo e até mesmo algumas expressões faciais de Kate Beckinsale. Está certo que no futuro a ligação entre a Selene de Kate e seu mestre Viktor se daria por conta da semelhança desta com sua filha, mas daí a personagem parecer uma cópia de Selene vai uma grande diferença.


O roteiro por vezes cria situações tão forçadas que parecem não ter outro propósito que não o de favorecer os mocinhos e atrapalhar os vilões, mas não chega a cometer nenhuma incoerência irreversível em relação aos demais filmes. No mais, é um filme ágil, bem fotografado, com coreografias e efeitos especiais bacanas. É para quem gosta de vampiros sim, mas sobretudo é programa ideal para os fãs de ação e aventura. Diversão estilosa e escapista, boa para assistir sem compromisso. De preferência, munido de um bom saco de pipoca.

Estréia nesta sexta.

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