quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Inquietos


Inquietos narra a breve história de amor dos jovens Annabel e Enoch. Ela é uma menina otimista que tem câncer em fase terminal; ele perdeu o gosto pela vida depois que seus pais morreram em um acidente e agora só divide seus pensamentos mais íntimos com o fantasma de um rapaz japonês. A partir de inusitados encontros casuais em funerais de estranhos, Annabel e Enoch vão se aproximando e acabam por se apaixonar, apesar da resistência de Enoch em criar laços com quem quer que seja.

Inquietos foi o filme de abertura da mostra Um Certo Olhar do Festival de Cannes deste ano e tem sido um dos mais procurados deste Festival. Talvez por isso o resultado final seja um pouco decepcionante. Não é que o filme tenha algum defeito grave, apenas esperava-se mais de Gus Van Sant depois do ótimo Milk e eis que ele, no entanto, opta por retornar aos seus temas recorrentes sobre adolescência problemática. Ainda bem que ele pelo menos deixou de lado a delinquência juvenil e resolveu contar uma história de amor. Inquietos narra um romance bonitinho, singelo e protagonizado por um casal muito fofinho... Mas é totalmente previsível, bebendo em fontes óbvias como Ensina-me a Viver. E a forma como Annabel e Enoch se conhecem parece copiada de O Clube da Luta, com a única diferença de que no filme de David Fincher eram grupos de apoio a doentes e não funerais.

Como saldo positivo, temos em Inquietos mais uma prova de que Mia Wasikowska (a Alice de Tim Burton) é uma atriz versátil e que veio para ficar. A moça vem aí em breve numa nova versão de Jane Eyre e também no esperado Albert Nobbs, com Glenn Close. Vamos ficar de olho.

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