terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Faça-Me Feliz!


Jean-Jacques é louco pela namorada, Ariane. Só que um dia, de curtição, resolve testar uma técnica de sedução ensinada por um amigo. Logo se arrepende, mas é tarde demais: a bela Elisabeth caiu de amores por ele. Ariane descobre e acredita que, se Jean-Jacques deseja outra, a única alternativa para salvar o relacionamento é que ele realize de vez seu desejo. É então que Jean-Jacques parte ao encontro de Elisabeth com o consentimento de Ariane. Mas quando ele descobre a verdadeira identidade da mulher que seduziu, percebe que talvez as coisas não sejam tão simples assim.

O melhor de assistir a filmes no Festival do Rio é que, salvo as grandes produções, a grande maioria dos filmes exibidos é uma enorme incógnita. Um tiro no escuro. Não se sabe muito além do que se lê em breves – e, muitas vezes, mal-escritas – sinopses. Faça-me Feliz! foi exibido no Festival há nada menos que dois anos e somente agora ganha o circuito. E pela sua sinopse, essa irreverente comédia francesa poderia ser qualquer coisa, desde uma comédia romântica leve até um tremendo papo-cabeça. O que não se poderia esperar é esse inacreditável pastelão (no bom sentido). Ainda mais vindo da França, país cuja filmografia tende mais a dramatizar do que divertir sem compromisso.

O simpaticíssimo Emmanuel Mouret é roteirista, diretor e protagonista desta ótima surpresa, demonstrando excelente timing tanto na comédia verbal quanto na física. Numa busca rápida no IMDb, a bíblia de todos que escrevem sobre cinema, descobri que Emmanuel exerce as três funções nos sete filmes que já realizou. Aparentemente, todos inéditos por aqui. Precisamos saber mais sobre esse cara.

No melhor estilo “uma noite daquelas”, o filme acompanha Jean-Jacques se meter em uma enrascada pior que a anterior: saia-justa com políticos de alto escalão, fuga de namorado brigão e ciumento, problemas com a polícia, acidente com o zíper da calça... e por aí vai. Enfim, uma comédia pastelão deliciosa que remete aos grandes mestres do gênero. Diversão líquida e certa.



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