terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Missão: Impossível – Protocolo Fantasma


Ele está de volta. O destemido Ethan Hunt, aquele agente que recebe sempre uma missão que, “caso decida aceitá-la”, leva o público a viver juntamente com ele uma vertiginosa aventura onde o perigo e a adrenalina são as maiores constantes. A franquia estrelada e produzida por Tom Cruise já passou anteriormente por três diretores diferentes: Brian de Palma, John Woo e J. J. Abrams, cada qual trazendo à série uma característica diversa, mas mantendo intacto o padrão de qualidade – ainda que o longa de John Woo seja fraco em comparação com os demais. Neste quarto filme, a direção coube a Brad Bird, que vem de animações bacanas como Os Incríveis e Ratatouille. E não é que Bird mostrou ser igualmente bom com heróis de carne e osso?

A trama se inicia com Ethan Hunt sendo resgatado de uma prisão russa. Na sequência, ele deve roubar códigos nucleares ultrassecretos de dentro do Kremlin, mas algo sai errado e o prédio voa pelos ares. O IMF é oficialmente responsabilizado, o que faz com que o governo americano inicie o protocolo fantasma do título, ou seja, desativar a agência e colocar seus agentes na clandestinidade. Ethan agora só poderá contar com três colegas de uma equipe que sequer escolheu: o nerd Benji (personagem que aparece no filme anterior), a valente Jane e o misterioso Brandt.

No que talvez seja o longa mais bem-acabado da série (e isso não é pouca coisa), Bird traz sua experiência com a animação para contrabalançar a adrenalina de sempre com doses suaves de ironia e bom humor, grande parte disso graças ao comediante inglês Simon Pegg e suas tiradas divertidas – é uma pena que Jeremy Renner não tenha a mesma habilidade em suas tentativas de fazer graça. Junte-se a isso a beleza e energia de Paula Patton e o carisma indiscutível de Tom Cruise e temos um filme com ritmo vibrante e estética deslumbrante, amparados por um roteiro bacana e locações que são um capítulo à parte, já que o longa se inicia em Budapeste e ainda passa por Moscou, Dubai e Mumbai. Resumindo, são mais de duas horas de projeção que passam como quinze minutos.


Considerando que Tom Cruise está em vias de completar 50 anos, é uma incógnita se o agente Ethan Hunt terá uma quinta aventura nos cinemas. Mas, de qualquer modo, sendo a despedida do personagem ou não, o espectador pode ficar feliz: é um desfecho em grande estilo para uma das mais legais franquias de filmes de ação. E quem tiver a possibilidade de assistir ao filme numa tela Imax, não deve deixar de fazê-lo. Ver Tom pendurado no gigantesco Burj Khalifa (atualmente, o prédio mais alto do mundo) numa tela igualmente enorme é de fato uma experiência ímpar.

Amanhã nos cinemas. 

Um comentário:

  1. Esperei por muito tempo a trilogia, quando aconteeu, enlouqueci, pois gostei muito do filme, apesar do clima empresarial, mas ainda sim, é um otimo filme.

    Graças a seu blog agora tremo como cineasta de mentirinha, ao saber sobre o 4º da serie que criou vida nos sets de hoollywood.
    Obrigado erika...!

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