quinta-feira, 20 de junho de 2013

De Peter Pan a Norman Bates – Coletiva com Freddie Highmore


Conforme já noticiado aqui, o Universal Channel adquiriu o seriado Bates Motel. A trama, que é uma prequel de Psicose e mostra Norman Bates ainda adolescente, estreia no dia 4 de julho e a emissora trouxe ao Rio de Janeiro o protagonista Freddie Highmore para sua campanha de divulgação. Freddie ficou famoso ainda bem pequeno, depois de atuar ao lado de Johnny Depp nos filmes Em Busca da Terra do Nunca e A Fantástica Fábrica de Chocolate. De lá para cá, o garotinho fofo se transformou neste rapaz alto que encantou a todos pela simpatia e simplicidade na coletiva desta manhã no Hotel Fasano. Freddie disse estar muito contente por estar prestes a gravar a segunda temporada da série, principalmente por ver que o público se envolve com os personagens.

“É muito desafiador trabalhar com um final já conhecido, porque na maioria dos programas de TV as pessoas ainda não sabem o que vai acontecer. Mas as pessoas sempre terão esperança que de algo seja diferente do original.”

O ator disse ter lido o livro de Robert Bloch (Psycho, que serviu de inspiração para o roteiro do filme de Alfred Hitchcock) e também estudado um pouco a atuação de Anthony Perkins, em especial alguns tiques, mas que também se sente livre para reinventar o personagem à sua maneira. Perguntado sobre a transição dos personagens meigos que fez no passado para o de um psicopata tão icônico, declarou:

“Eu acho que esse é um dos motivos deles terem me convidado, assim as pessoas conseguem gostar dele apesar do que ele fez e ainda vai fazer. E é um desafio a mais na minha carreira.”


O ator não poupou elogios à atriz Vera Farmiga, que interpreta sua mãe em Bates Motel:

“Ela é brilhante, é fantástica e eu espero que isso não soe falso porque eu sempre uso muitos adjetivos para falar dela, mas é que ela é muito generosa e é sempre incrível trabalharmos juntos.”

Freddie também opinou sobre a comentada decisão de transpor a trama para os dias de hoje – o personagem tem até iPhone, como todo adolescente atual – mas, ao mesmo tempo, manter uma atmosfera retrô.

“Trazer para o presente tem a ver com buscar maior identificação do público, mas também é legal porque todo o clima dentro da casa permanece antigo e se separa um pouco desse mundo contemporâneo. Então acho que isso ajuda na criação do personagem, é como se ele vivesse em dois mundos.”

Com uma maturidade impressionante para seus 21 anos, Freddie disse que sua vida familiar e seus estudos sempre estiveram em primeiro plano e que se sente privilegiado por não ter crescido em Hollywood, o que faria com que a carreira fosse o único foco em sua vida. “Ao mesmo tempo, é bacana ser um estudante universitário (ele cursa Letras em Cambridge) e estar aqui no Rio de Janeiro divulgando a série”, concluiu.

Perguntado se deseja sempre ser lembrado pelo Norman Bates, a exemplo do que aconteceu com Anthony Perkins, Freddie tem sentimentos contraditórios:

“É engraçado... Claro que eu quero que lembrem de mim por esse personagem, mas o Norman é tão complexo e é tão difícil ficar marcado por alguém tão diferente de você. Mas eu quero que o seriado vá bem, faça sucesso. E o personagem é fantástico. Então, quero sim.”

Como não podia deixar de ser, o ator foi alvo das costumeiras perguntas sobre o Brasil, as mulheres brasileiras e o que conhecia do país, situação da qual se desembaraçou com bom humor, dizendo que cabia aos jornalistas dizer onde ele deveria ir para se divertir, já que ainda não conhecia a cidade. Brincalhão, disse que já que estava em Ipanema poderia procurar sua própria garota de Ipanema e que talvez voltasse ano que vem se a Inglaterra fosse finalista da Copa do Mundo.

Planos futuros? Filmar a segunda temporada da série e logo a seguir voltar para a universidade para se graduar. “Esses são os objetivos imediatos, mas nunca se sabe”, deixou no ar. Esperemos que os estudos não afastem o talentoso Freddie Highmore por muito tempo do cinema e da TV.




Fotos: Erika Liporaci

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