sábado, 27 de setembro de 2014

Corrente do Mal


Em um subúrbio de Detroit, uma estranha praga começa a se disseminar entre os adolescentes: após uma relação sexual, a pessoa passa a ser seguida por uma entidade maligna e o único modo de se livrar dela é passar adiante, ou seja, transar com outra pessoa o mais rápido possível. Jay descobre o problema tarde demais, depois do que deveria ser uma romântica primeira noite com o novo namorado. Com a ajuda da irmã e dos amigos, eles correm contra o tempo em busca de um modo de parar a maldição.

Parece incrível que esse filme tenha sido exibido na Semana da Crítica do Festival de Cannes, já que ele representa o que há de mais banal, batido e mal-ajambrado no cinema americano. Nem tanto pelo argumento pouco crível, já que filmes bem legais já foram feitos a partir de propostas absurdas – afinal de contas, é cinema de terror. A questão de só poder se livrar de uma maldição passando-a adiante imediatamente remete a filmes como O Chamado, que também partia de uma ideia pouco verossímil, mas, ao contrário deste, desenvolvia a contento sua trama. Corrente do Mal não assusta, não faz rir (o que seria uma opção) e muito menos apresenta uma história bem encadeada. Os sustos são os mais óbvios possíveis, sempre sublinhados por trilha sonora estridente. O elenco é genérico e sem brilho e a direção é preguiçosa, mas o pior de tudo mesmo é o roteiro. A parte final é especialmente ruim, quando eles bolam um plano cujo objetivo simplesmente não dá para entender.   

Corrente do Mal (It Follows), de David Robert Mitchell. Com Maika Monroe, Keir Gilchrest, Danny Zovatto, Olivia Luccardi, Jake Weary. EUA, 2014. 100’ Midnight Terror


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