Numa passagem-relâmpago pelo Brasil, Hugh Jackman concedeu uma entrevista coletiva hoje pela manhã no Copacabana Palace para falar sobre seu novo filme, X-Men Origens: Wolverine. Geralmente coletivas de imprensa ocorrem antes do lançamento de um filme, mas segundo Tito Liberato, representante da Fox que mediou a entrevista, o evento ocorreu como uma celebração ao ótimo desempenho do longa no país – o filme estreou na última sexta e arrecadou mais de um milhão no final de semana.
Simpaticíssimo e muito bem-humorado, Jackman começou saudando os presentes em português e declarando que os australianos em geral tem muita simpatia pelo Brasil. Embora boa parte das perguntas tenha girado em torno do mutante mais importante do universo X-Men, o ator – como não poderia deixar de ser – também foi questionado quanto ao fato de ter sido eleito o homem mais sexy do mundo pela revista People. Ao ser lembrado de que grande parte de seu público é feminino, o ator divertiu-se e disse que ser querido pelas mulheres não é um problema de maneira alguma. Sem barba e muito diferente do visual abrutalhado do personagem, o ator comentou que foi exigência de sua esposa que a barba fosse tirada assim que terminassem as filmagens.
Depois de disputar arduamente o microfone com os demais colegas, consegui afinal fazer a minha pergunta. Lembrando que o primeiro X-Men transformou-o em astro internacional e que ele vem fazendo outros papéis muito diversos entre um filme da série e outro, perguntei se a princípio ele temia virar um refém do Wolverine. O ator enfatizou que é uma pessoa que evita ter medo e que, se não fosse deste modo, não estaria fazendo o personagem. A seguir, exemplificou que tinha medo de altura quando criança, mas conseguiu superar e hoje em dia detesta sentir medo por qualquer outro motivo. Sobre sua versatilidade, declarou gostar de variar personagens e experimentar sempre.
Os momentos de humor ficaram por conta de Rafinha Bastos, repórter do CQC, que entregou ao ator um CD do roqueiro Nasi, informando-o de que o cantor é conhecido como o Wolverine brasileiro. Ao ver a foto do encarte, no qual Nasi de fato posa como o personagem, Jackman brincou: “por que ele não fez teste para o personagem?”. Também Sabrina Sato, do Pânico, quis fazer graça e monopolizou uma considerável parte da coletiva em momentos... como dizer?... de pura azaração com Jackman – eles já se conheciam de uma entrevista anterior no México. Ao ser perguntado que poder gostaria de possuir, o ator disparou: “Seria bom ter o poder da cura como Wolverine, mas também seria bom o que tem o Spectro, o teletransporte. Então eu poderia evitar as filas de revista nos aeroportos e até almoçar com a Sabrina sem ninguém saber.”
As mulheres brasileiras, aliás, foram citadas várias vezes ao longo da entrevista. Ao responder se gostaria de ser um super-herói combatendo o crime no Brasil (!), o ator disse que se o mutante viesse ao Brasil acabaria distraído pelas belas mulheres e deixaria o dever de lado: “O Wolverine tem muitos poderes, mas seu ponto fraco são as mulheres bonitas. Disso ele não consegue se curar. E as brasileiras são as mais bonitas do mundo.”
Encerrada a entrevista, surpresa das surpresas: ao invés de retirar-se da sala à francesa, Jackman veio ao encontro dos jornalistas e respondeu a mais perguntas, autografou encartes e revistas, tirou fotos com todo mundo. Com a maior paciência e boa vontade. Inacreditável.
Hugh Jackman chegou ao Brasil ontem e esteve primeiro em São Paulo, onde visitou o Corinthians para conhecer Ronaldo. Os dois trocaram camisas e elogios, e Jackman, apaixonado por futebol, confessou que conhecer o jogador foi uma experiência intensa e que vários amigos seus certamente estão morrendo de inveja. Esta é segunda vez que o ator vem ao Brasil - a primeira foi há oito anos, na divulgação do filme A Senha. Ele volta hoje à noite para os Estados Unidos e sua simpatia e acessibilidade certamente deixaram muita gente com um sorriso no rosto.
Muito boa a sua matéria! Gostei! deu vontade de estar lá... na coletiva! ^^ Bjos
ResponderExcluirExcelente matéria, Erika! Quero só ver no CQC segunda essa brincadeira do Rafinha...
ResponderExcluirPior que como eu estava perto dele, provavelmente vou sair de "Robert" na matéria.
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