Como vocês bem sabem, eu sou uma crítica constante do geralmente baixo nível de qualidade da TV aberta no Brasil, com suas novelas repetitivas, programas de auditório de péssimo gosto e intermináveis reality shows. Por isso mesmo, é uma satisfação poder elogiar um programa que não apenas é de altíssima qualidade como também traz algo de novo para o povo anestesiado pelos big brothers. Em um país com pouquíssima tradição no gênero policial, Força-Tarefa arrasa e, em sua segunda temporada, mostra que veio para ficar!
A série é tecnicamente perfeita, mas captura mesmo o espectador por seu roteiro empolgante e sua concepção realista. Para quem ainda não assistiu, Força-Tarefa acompanha o dia-a-dia de um grupo de policiais da corregedoria da polícia militar. Ou seja, os caras tem como função investigar os crimes cometidos por seus próprios colegas. À frente do elenco, Murilo Benício está maravilhoso como o tenente Wilson. O personagem é um profissional honesto, mas que está longe de ser um santo - principalmente no que diz respeito à vida pessoal. Nesta temporada, ele tem problemas em lidar com uma inesperada gravidez de risco da namorada Jaqueline. Cheio de falhas, inseguranças e reações pouco nobres, Wilson é um dos personagens mais verdadeiros já vistos na TV.
Também é muito positivo ver na telinha rostos como os de Fabiula Nascimento e Hermila Guedes, vindas do cinema e com um perfil bem diverso daquelas mesmas carinhas, todas parecidas, que parecem dominar a Rede Globo. Agora só não vale a emissora querer dizer que "descobriu" as duas atrizes, que foram reveladas, respectivamente, nos filmes Estômago e O Céu de Suely.
Força-Tarefa é exibida todas as terças, após o Casseta e Planeta. Quem conferir não vai se arrepender.
Melhor horário, pra mim, é conferir esta preciosa série! De fato, nisso a Globo está de parabéns.
ResponderExcluirE eu gosto bastante de Murilo Benício, sempre um camaleão.
Abraço e apareça.
Eu fico feliz que o Murilo tenha conseguido se livrar daquele perfil de mocinho de novela que a Globo tava tentando lhe impor. Ele pode render muito mais em personagens fortes como o tenente Wilson ou malandrões como o Dodi de A Favorita. Melhor deixar os mocinhos para atores com menos recursos (que a Globo, aliás, tem aos montes).
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