sexta-feira, 16 de abril de 2010

Vidas Que se Cruzam


Sylvia é gerente de um restaurante em Portland e, por trás da aparência rígida, leva para a cama todos os homens que cruzam seu caminho. Maria é uma menina que vive no interior do México até que um acidente com o pai transforma sua vida. Na fronteira entre os dois países, uma adolescente perde a mãe e se apaixona pelo filho do amante desta. Em certo momento da trama, o espectador descobrirá que essas histórias estão correlacionadas.

O filme marca a estreia do festejado roteirista Guillermo Arriaga (Babel, 21 Gramas, Amores Brutos) na direção de longas-metragens. O roteiro esperto e redondo de Arriaga, embora seja uma grande qualidade do filme, por outro ângulo também pode ser considerado um ponto fraco, já que segue exatamente a mesma dinâmica de tramas que ele escreveu anteriormente. Eficiente e bem estruturado, sem dúvida, mas parecido. Se Arriaga continuar batendo sempre nessa mesma tecla, logo o que é um estilo acabará se convertendo em cacoete.

Posto isso, é preciso admitir a boa qualidade de mais uma história costurada com precisão cirúrgica, com revelações feitas sempre nos momentos certos. O elenco conta com boas interpretações de Charlize Theron, Kim Basinger, Joaquim de Almeida e também da jovem Jennifer Lawrence. Um bom filme, que vai agradar especialmente a quem estiver vendo uma trama de Arriaga pela primeira vez.



Um comentário:

  1. Erika, eu já assisti "The Burning Plain" e achei um filme maravilho, embora eu também compartilhe dessa sua opinião em relação da estrutura nada linear. Como você diz, tudo é feito corretamente e as revelações surgem no instante exato, mas creio que seja muito fácil anteciparmos as novidades que virão. No mais, acho que Kim Basinger merecia uma indicação de melhor atriz coadjuvante no Oscar 2010 por este filme, pois o seu desempenho me comoveu verdadeiramente.

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