quinta-feira, 25 de julho de 2013

Wolverine - Imortal


Eis que o mutante mais popular dos X-Men ganha seu segundo filme solo. Depois da enxurrada de críticas negativas recebidas pelo longa dirigido por Gavin Hood em 2009, muita gente ficou de pé atrás com essa segunda tentativa. Bobagem. Tirando o fato de Hugh Jackman continuar no papel (e isso é um fator que sempre foi considerado positivo), trata-se de uma produção completamente diversa da anterior.

O roteiro de Mark Bomback, Scott Frank e Christopher McQuarrie se baseia na série dos quadrinhos Eu, Wolverine e é ambientado no Japão dos dias de hoje. O mutante é convencido por uma misteriosa guerreira a acompanhá-lo à terra do sol nascente para satisfazer o último desejo de seu mestre, que está morrendo e cuja vida foi vida salva por Wolverine no final da Segunda Guerra Mundial. Mas Hashida, que se tornou um dos homens mais ricos do Japão, não quer apenas se despedir: obcecado pela capacidade de cura de Wolverine, ele tem uma estranha proposta a fazer.


A impressionante cena de abertura, ambientada em uma Nagasaki prestes a ser assolada pela bomba atômica, dá o tom do filme, que prima pela qualidade e bom gosto. A ambientação japonesa (na verdade, o filme foi rodado mais na Austrália do que lá) traz um charme a mais, com muitas lutas de espadas e sequências estilosas. Por outro lado, essa pegada oriental por vezes acaba criando uma estética meio videogame, em especial na meia hora final, mas nada que atrapalhe em demasia a fluência da história. O roteiro também acerta ao fazer uma boa ponte entre os personagens desse arco com o que já foi visto anteriormente nos longas dos mutantes, ao inserir aparições de Jean Grey e trabalhar a culpa de Wolverine como razão para ele estar afastado dos ex-companheiros.

Em um filme concebido e realizado com tanto esmero, a única nota dissonante é a péssima aplicação do efeito 3D. Mais do que uma mania desnecessária na maioria dos filmes que o utilizam, o recurso aqui chega ao ponto de atrapalhar e desorientar um pouco o espectador – principalmente nas cenas de ação, com espadas que parecem “borradas”. Felizmente, conforme a projeção avança, o 3D começa a ser usado com mais discrição. Então, não hesitem em economizar no ingresso e prefiram o filme em sua versão básica mesmo.


No mais, Wolverine – Imortal (título em português não muito correto para The Wolverine, já que ele não é exatamente imortal) é um bom filme de aventura e uma excelente prévia para X-Men – Dias de um Futuro Esquecido, que deve chegar aos cinemas em maio do ano que vem. 

Um comentário:

  1. Segundo Sandy está correto sim, afinal, imortal é o que não morre no final.

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