sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Alabama Monroe


Através de uma narrativa não-linear, acompanhamos o relacionamento de Elise e Didier. Eles são rebeldes, inconformistas e apaixonados, mas precisam mudar um pouco de estilo de vida com a chegada da filha Maybelle. Quando a menina adoece, o casal começa a entrar em crise, principalmente porque o ateísmo de Didier faz com que Elise se sinta deprimida.

Um filme um pouco difícil de ser definido, como se fosse um cruzamento entre o francês A Guerra Está Declarada e o americano Johnny & June. O filme tem seus bons momentos, mas por vezes o roteiro parece indeciso sobre qual rumo seguir e parece não se aprofundar muito em nenhuma das muitas possibilidades por ele ventiladas. O filme se divide entre drama familiar, história de amor, crítica à religião e à política e números de música country. É complicado falar de tudo isso e não se perder um pouco. Digamos que o resultado final é um filme interessante, mas que frustra um pouco justamente por não poder explorar a contento todas as vertentes.

O que mantém o interesse do espectador na trama é a interpretação intensa dos atores Veerle Baetens e Johan Heldenberg. Jonah é autor do texto teatral que deu origem ao filme e Veerle foi premiada melhor atriz no Festival de Tribeca e no European Film Awards. O filme recebeu, ainda, os prêmios de melhor roteiro em Tribeca e o prêmio do público na mostra Panorama do Festival de Berlim e concorre ao Oscar de melhor filme em língua estrangeira.

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