quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Nova York, Eu Te Amo

Filme realizado nos mesmos moldes de Paris, Eu te Amo. Doze realizadores de todas as partes do mundo contam pequenas histórias de amor que acontecem tendo Nova York como cenário e/ou musa inspiradora. De Tribeca ao Brooklyn, passando pelo Central Park, as pequenas tramas percorrem os diferentes bairros ao mesmo tempo em que fazem um terno painel das diferentes etnias, religiões e modos de vida de uma cidade que recebe tantas influências distintas.

Um dos filmes mais fofos e divertidos do Festival, e que certamente alcança um resultado final bem mais homogêneo do que o de Paris, Eu Te Amo. O primeiro grande acerto foi conceber o filme sem separação entre os segmentos de cada diretor, contando as histórias de modo contínuo e criando pequenas interseções entre elas. Isso impede que Nova York, Eu Te Amo tenha saltos bruscos de qualidade ou estilo, mantendo uma linha condutora muito rara em filmes coletivos. A impressão que fica é a de que uma única grande equipe realizou o longa, espírito bem mais simpático do que quando cada um faz o seu curta e depois junta-se tudo sob o mesmo título.

Embora todos os pequenos contos sejam bons, cada um à sua maneira, sobressaem-se dois momentos realmente inspirados: o segmento em que Ethan Hawke tenta faturar uma bela garota com uma das cantadas mais descaradas já vistas no cinema e o trecho seguinte, sobre o menino abandonado pela namorada no dia da formatura e que consegue um par de última hora. Outros destaques são a interpretação cativante de Shia LaBeouf (a historinha dele em si nem é uma das melhores, mas sua atuação é de uma delicadeza comovente) e a energia de Natalie Portman, que atua em um segmento em homenagem às suas origens judaicas e dirige uma outra história completamente diferente.

O filme é dedicado ao diretor Antonhy Minghella, falecido no ano passado.



Nenhum comentário:

Postar um comentário