sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Reflexos da Inocência


Neste longa, Daniel “007” Craig é Joe Scott, um ator rico e famoso que começa a ter dificuldades em conseguir papéis por conta de seu estilo de vida regado a orgias e drogas. Em meio a essa crise emocional e profissional, Joe fica sabendo que seu melhor amigo da adolescência morreu. A partir da notícia, começa o grande flashback que é, na verdade, o miolo do filme. Daí o título original, Flashbacks of a Fool (Flashbacks de um Tolo, bem mais elucidativo que o nosso título aqui no Brasil).

Ambientado nos anos 70, essa parte central da história acompanha as primeiras descobertas e equívocos de Joe: a primeira namorada, as amizades, a família, a vizinha que o assedia, tendo como pano de fundo a música e o estilo psicodélico de David Bowie e Roxy Music. Também descobrimos o motivo que fez com que Joe fugisse da família e se isolasse, embora o espectador fique sem saber como ele foi do ponto A ao ponto B. Ou seja: como se transformou de um adolescente confuso em um completo idiota.

Perto do desfecho, a história retorna para Daniel Craig e a atualidade. O que só torna mais evidente o quanto o segmento passado nos anos 70 é mais interessante, mesmo tendo a desvantagem de contar com um ator fraquíssimo (Harry Eden) como a versão jovem de Joe. Mas se considerarmos que Craig atua no piloto automático, a despeito de ser um ator competente... Bom, acaba não fazendo diferença.

Reflexos da Inocência não é um filme ruim, mas tampouco pode ser considerado satisfatório. Digamos que ele tem seus bons momentos, apenas isso. E ainda tem uma péssima costura entre passado e presente, como se fossem dois filmes isolados. Baillie Walsh, diretor de clipes do Massive Attack e de um documentário sobre a banda Oasis, deixa evidente sua falta de preparo para encarar um longa-metragem. Melhor sorte para ele na próxima vez.

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