segunda-feira, 14 de julho de 2008

Viagem ao Centro da Terra - O Filme


Os filmes em 3D foram uma febre que se extinguiu rápido nos anos 80. Era meio incômodo – para não dizer constrangedor – ter que assistir ao filme inteirinho usando aqueles óculos de papelão. Passadas duas décadas, o problema foi solucionado e agora finalmente é possível assistir aos filmes em 3D sem tal artifício. Seria ótimo, se não fosse a escassez de salas de cinema equipadas para projetar um filme em 3D. Quem quiser assistir a Viagem ao Centro da Terra com tudo que tem direito aqui no Rio tem apenas duas opções: o Cinemark Downtown e o UCI Kinoplex Norteshopping. Quem ficar com a versão unplugged, vai ver apenas uma aventura juvenil dessas que passam aos montes na Sessão da Tarde.

O roteiro faz uma releitura da história de Julio Verne, escrita em 1864, trazendo-a para os dias de hoje e adaptando uma série da situações. O geólogo americano Trevor Anderson finalmente encontra uma pista para o desaparecimento de seu irmão Max, um obstinado pesquisador de fenômenos sísmicos, e parte para a Islândia disposto a encontrá-lo. O problema é que seu sobrinho Sean, de 13 anos (filho de Max), acabou de chegar para passar dez dias com ele enquanto a mãe está arranjando a mudança de ambos para o Canadá. Impaciente, Trevor não vê outra solução a não ser levar o garoto com ele na expedição. Para guiá-los, eles contarão com a ajuda da islandesa Hannah.

Brendan Fraser interpreta aqui uma versão mais moderada de Rick O' Connell, seu personagem em A Múmia e O Retorno da Múmia. Coincidentemente, o terceiro filme da série está para estrear dentro de algumas semanas. Uma curiosidade é ver Josh Hutcherson – o garotinho precoce que se apaixona pela melhor amiga em ABC do Amor – bem crescidinho no papel de Sean. Os dois são simpáticos e passam uma boa química como tio e sobrinho. Já Anita Briem parece estar no longa só para enfeitar e servir de alívio romântico para os rapazes. Detalhe: na história original, o guia era um homem.

O filme marca a estréia na direção de Eric Brevig, supervisor de efeitos visuais de filmes como O Dia Depois de Amanhã e Twister. E, tirando o barato dos efeitos, sobra apenas uma aventura infanto-juvenil das mais requentadas. Cavernas, monstros, espécimes exóticos de todos os tipos, quedas espetaculares... e por aí vai. Até corrida de carrinhos em mina abandonada tem, no melhor estilo Indiana Jones. Destaque para a seqüência na jangada, com os personagens cercados por peixes ferozes. O filme distrai, é verdade. Mas nada além disso para quem tem mais de quinze anos.

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