quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Apenas Deus Perdoa


Este é o novo trabalho do dinamarquês Nicolas Winding Refn, que causou muito furor no Festival do Rio há dois anos com Drive – que era um bom filme, mas estava longe de ser essa perfeição toda. Também é a segunda parceria dele com Ryan Gosling e, considerando o sucesso obtido com o longa anterior, o mundo aguardava muito ansiosamente este filme, que tem dividido opiniões. Se em Cannes a acolhida não foi nada boa, o filme chegou a ser premiado no Festival de Sydney. Esses australianos...

Apenas Deus Perdoa é um filme muito confuso, repleto de estímulos visuais gritantes, construído em cima metáforas que pretendem ser profundas (mas nunca chegam a lugar nenhum) e pontuado por uma violência extrema que não acrescenta nada. Gosling é Julian, membro de uma família mafiosa que usa uma academia de boxe em Bangkok como fachada para o tráfico de drogas. O moço é cheio de complexos e quando o seu violento irmão, que é o preferido da mãe, é assassinado pelo pai de uma menina que ele estuprou e assassinou, Julian começa a ser pressionado pela mãe a tomar uma atitude e vingar a honra da família.

Um argumento danado de interessante que se perde em meio a tanta pirotecnia estilística. O filme é tão irregular e desconexo que não consegue prender a atenção do espectador, que começa a divagar entre a vermelhidão de uma cena e outra. Dá até pena ver a sempre expressiva Kristin Scott Thomas desperdiçada desse jeito. Enfim, é um filme que promete coisa demais e acaba não entregando quase nada. Com um pouco mais de atenção com o roteiro e menos malabarismos visuais, Winding Refn poderia ter criado algo de bombástico. Mas ficou só na intenção.

Mostra Panorama


Nenhum comentário:

Postar um comentário