segunda-feira, 16 de março de 2009

Ele voltará mais uma vez!


O que esperar de um quarto Exterminador do Futuro? O Exterminador do Futuro (1984) e O Exterminador do Futuro 2: O Dia do Julgamento (1991) são dois filmes que já viraram referência no gênero. O primeiro pela originalidade da apocalíptica história e o segundo, por revolucionar no campo dos efeitos especiais. Natural que se tenha criado muita expectativa em torno de um terceiro episódio. Afinal, a fala mais famosa do cyborg é justamente a tão citada I’ll be back (eu voltarei). Mas os anos foram passando e, embora o hiato entre os dois primeiros filmes também tenha sido longo, parecia cada vez mais improvável que o exterminador cumprisse sua ameaça. E quando o terceiro filme finalmente foi feito, em 2003, a sensação geral foi a de que teria sido bem melhor que a série Terminator ficasse para a posteridade exatamente do jeito que estava.

O Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das Máquinas nada mais é do que um clone requentado do segundo filme. A premissa básica da trama todo mundo já sabe, já foi contado até em videoclip do Guns’n’Roses: num futuro não muito distante, as máquinas se tornam autômatas e dominam o mundo, aniquilando grande parte da raça humana. O único foco de resistência subsiste graças à liderança de um homem: John Connor. Para assegurar sua vitória, as máquinas enviam ao passado (que seria o nosso presente) um robô exterminador para liquidar Connor antes que ele se torne uma ameaça. No primeiro filme o alvo é sua mãe, Sarah Connor. No segundo, o próprio John aos 13 anos. A história do terceiro filme se passa dez anos depois do segundo. As diferenças? Basicamente duas: John Connor cresceu e a máquina enviada para exterminá-lo dessa vez tem a aparência de uma mulher. E já que os efeitos especiais também não diferem muito do que já foi visto antes, só restou descambar para a carnificina visual e auditiva.

Vale relembrar que à época vários presságios indicavam de antemão que ao Exterminador do Futuro 3 não estava reservado um futuro muito brilhante. O primeiro foi quando soube-se que James “Titanic” Cameron, responsável pelos dois primeiros filmes, não estaria mais à frente do projeto. E Cameron pode ser tudo, menos incompetente. Depois estiveram cotados nomes respeitados como Ang Lee e David Fincher. Curiosamente, a direção acabou ficando nas mãos de Jonathan Mostow, dos medianos U-571 - A Batalha do Atlântico e Breakdown.

O segundo fator foi o ator escalado como protagonista. Arnold Schwarzenegger e Kristanna Loken têm a desculpa de seus personagens serem robôs. Já Nick Stahl não pode se utilizar deste expediente. O rapaz até que se esforça, mas falta-lhe o carisma necessário para interpretar o futuro líder da resistência contra as máquinas. Edward Furlong, que interpretou o John Connor pré-adolescente de 1991, continuaria com o personagem. Mas isso foi antes do rapaz ter problemas com drogas. Foi então substituído por Stahl que, além de ser muito diferente fisicamente de Furlong, não convence. A gente quase torce para que a extermina-loura acabe logo com ele.

Mais eis que O Exterminador do Futuro: A Salvação, quarto longa que deve iniciar uma nova trilogia, traz para o papel de John Connor ninguém menos do que Christian Bale. Para quem já encarnou o cavaleiro das trevas em dois filmes, não é nenhum grande desafio entrar na pele de John Connor (agora um adulto com papel ativo de fato na resistência contra as máquinas). Carismático e bom ator desde sempre, ter Bale no papel já é pelo menos 50% de garantia de sucesso. A direção agora está a cargo de McG. Como diretor, McG não tem nada muito relevante no currículo – seus longas mais famosos são As Panteras e As Panteras Detonando. Já como produtor, ele assina a sensacional Supernatural (simplesmente o melhor seriado da atualidade).

Então, qualquer coisa pode acontecer. Será o início de uma nova era para o exterminador ou apenas a confirmação de que a magia se esgotou no segundo episódio? O Exterminador do Futuro: A Salvação tem previsão de estréia para junho. Agora é esperar para conferir.

Um comentário:

  1. Pelo trailer, dá para esperar coisa boa, tá bem bacana. Mas que é perigoso mexer numa franquia dessas, ainda mais com um diretor sem muita cancha, isso é.
    Até mais, bjs!

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