sexta-feira, 6 de março de 2009

Glória ao Cineasta


Brincadeira metalinguística que mistura ficção com realidade. Cansado de ser associado a filmes de gângster, o cineasta Takeshi Kitano decide realizar um filme que seja totalmente diferente e agrade a todos. Depois de tentar, sem sucesso, criar um drama neo-realista, um romance água-com-açúcar e um filme de terror, ele se decide por um filme de ficção científica.

Sabe aquela piada que é engraçada na primeira vez que você ouve, mas na segunda já te parece uma chatice? Assim é Glória ao Cineasta, que é mais uma seleção de esquetes do que um longa-metragem com começo, meio e fim. Reina o esquema da piada pela piada, sem grande compromisso com um encadeamento. E o pior é que, mesmo considerando as gracinhas em isolado, nem todas as tentativas de humor são de fato engraçadas.

Existe no humor japonês um excesso de ingenuidade que muitas vezes não tem a mínima graça para nós. Um exemplo é a historinha das garotas que colocam uma barata na comida para não pagar o restaurante. Não teve graça da primeira vez, mas tudo bem. Só que a mesma situação acontece de novo. Aí fica difícil. Como ponto positivo, ficam as sátiras a outros filmes e algumas poucas referências, como a que envolve a famosa cabeçada do Zidane.

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