terça-feira, 28 de setembro de 2010

Água Fria do Mar


Aimeudeus, mais um daqueles filmes que fazem você maldizer a hora em que escolheu justamente aquela sessão dentre tantas opções. Por que, oh, por quê? A sinopse até sugeria algo interessante, vejam bem: um jovem casal segue de carro para a costa do Pacífico quando encontra uma menina que diz ser órfã e ter fugido do tio que a molestava. Eles não sabem o que fazer e deixam para decidir na manhã seguinte, mas, ao acordarem, constatam que a menina sumiu e que a praia está repleta de cobras venenosas, expulsas do mar por uma corrente marítima.

Parece um suspense, certo? Errado. Desde o princípio vemos que a menina não é órfã e está mentindo e que, na verdade, sua família está acampada perto dali. Travessura de criança entediada, pelo menos não há nada no filme que sugira o contrário. O tal jovem casal está em crise, aparentemente causada pela intromissão dos pais de ambas as partes, o rapaz tem uma casa a vender e a mocinha passiva se sente entediada e parece ter problemas de incontinência, mas, enfim, nada disso cria nenhum conflito ou ponto de interesse e as duas vertentes da história (se é que se pode chamar isso de história) seguem em paralelo, tendo como interseção apenas o breve encontro da menina com o casal. Mas o fato deles terem se conhecido não leva a lugar nenhum.

E as cobras? Bom, as cobras tampouco tem algo a acrescentar a uma trama onde nada está acontecendo mesmo. Estranho mesmo é observar na ficha técnica que o filme é uma co-produção envolvendo cinco países. Tanta gente envolvida para isso?

Água Fria do Mar (Agua Fría de Mar), de Paz Fábrega. Costa Rica / FRA / ESP / Holanda / MEX, 2009. 83 minutos. Première Latina

Nota: 1,0

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