terça-feira, 28 de setembro de 2010

King’s Road


Depois de três anos afastado da família, Junior regressa à Islândia com o amigo Rupert, na esperança de conseguir com o pai dinheiro para saldar suas dívidas. Ao encontrar a família, é mal-recebido e descobre que o pai rico e pão-duro está morando há vários meses em um acampamento de trailers juntamente com a nova esposa Sally e que sua avó Maria agora anda pra cima e pra baixo com uma foca empalhada como animal de estimação.

Essa pequena sinopse não dá conta da quantidade de tipos e situações surreais mostrados no filme. A tal King’s Road, um fim de mundo de dar dó, é povoada de gente estranha por todos os lados. Tem o sujeito que dá uma de guarda trânsito e faz questão de atravessar as pessoas, mesmo não tendo nenhum tráfego na região. Tem os amigos hippies de Maria, que passam o dia fumando trancados dentro de um carro. E o próprio Junior e seu misterioso amigo-amante (o docinho Daniel Brühl, para minha surpresa e alegria) tem uma relação esquisitíssima e todos os parentes parecem achar normalíssimo os dois dormindo abraçadinhos de cueca.

King’s Road é o segundo longa do islandês Valdis Óskarsdottir, montador de Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças, dentre outros. O maior problema do filme é atirar em direções demais e não centralizar a trama em nada muito específico. No final das contas, a despeito de apresentar uma série de sequências divertidas em isolado, o longa acaba não tendo um bom fio condutor a uni-las. Um filme curioso, é verdade, mas que fica parecendo um festival de esquetes com algumas cenas muito engraçadas e outras nem tanto.

King’s Road (Kóngavegur), de Valdis Óskarsdottir. Islândia, 2010. 99 minutos. Mostra Expectativa 2010

Nota: 6,0

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