segunda-feira, 27 de setembro de 2010

O Errante


Quando você acha que já viu muita coisa ruim, aparece um filme para te desmentir completamente. O Errante não apenas é a coisa mais deprimente vista neste Festival, como também um dos piores filmes que eu vi na minha vida. O filme tem uma hora e vinte minutos, talvez porque nenhum ser humano suportaria mais tempo de algo tão chato e desprovido de interesse. A história (?) gira em torno de Isaac, filho único de uma família judia ortodoxa. Isaac tem sérios problemas de comunicação não apenas com os pais, mas com o mundo. Um problema de saúde o preocupa, assim como a pressão dos pais para que ele se case e constitua família, e ele passa os dias perambulando pelas ruas, sem rumo (daí ele ser “o errante”, oh, que original). E o filme basicamente é isso, Isaac anda e depois bebe água (por causa do problema de saúde), aí anda mais um pouco e fura o sapato, bebe mais água, depois o pai lhe dá sapatos apertados, mas ele continua andando e bebendo água... Achou chato? Imagine eu, que assisti. Quando o diretor tenta inserir algum conflito na história, já em seus minutos finais, o resultado é ainda pior e o que se vê na tela são algumas cenas bem grotescas. Resta apenas saber como esse exemplo de péssimo cinema conseguiu ser selecionado para a Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes deste ano.

O Errante (Ha’Meshotet), de Avishai Sivan. Israel, 2010. 86 minutos. Mostra Expectativa 2010

Nota: 0

2 comentários:

  1. Nossa, surpreso pela avaliação. Para você ver que nem Cannes está livre de cometer seus equívocos. Exemplo disto foi "Polícia, Adjetivo", péssimo filme que assisti recentemente que ganhou numa das edições do evento o prêmio da Mostra "Um Certo Olhar".

    ResponderExcluir
  2. Com certeza, Alex, nenhum Festival, seja Cannes ou do Rio (rs), está livre de seus pecadinhos. Mas eu não acho Polícia, Adjetivo ruim. O filme tem problemas de ritmo, é verdade, mas eu gosto dele.

    ResponderExcluir