sábado, 19 de setembro de 2009

35 Doses de Rum


O imigrante Lionel é viúvo e se orgulha de ter criado sozinho a filha adolescente Josephine, com quem tem uma convivência próxima e afetuosa. No mesmo prédio também moram Gabrielle, uma taxista de meia-idade que se desdobra para conquistar a atenção de Lionel, e Noé, um jovem solitário que Josephine encoraja e repele ao mesmo tempo. O relacionamento entre essas quatro pessoas forma uma carinhosa porém mal-resolvida rede familiar.

35 Doses de Rum conquista o espectador aos poucos para seus dilemas prosaicos de pessoas comuns. Também é um filme de ritmo mais lento, mas vale ressaltar que neste caso a calmaria típica do cinema francês não chega a se converter em tédio. A segunda metade do filme rende melhor que a primeira e o espectador que tiver um pouquinho de paciência certamente se deixará envolver com essa trama singela e bem construída. Um detalhe interessante é o modo como a diretora Claire Denis opta por cortar várias sequências antes de sua conclusão, deixando a cargo do espectador preencher as lacunas. E o faz com grande habilidade, de um modo que o que não foi mostrado é facilmente compreensível.

Por outro lado, algumas subtramas que são inseridas na história parecem não contribuir muito para a trama central. Exemplos disso são as cenas que mostram a vida acadêmica de Josephine (em especial o galanteador que surge do nada a desaparece do mesmo modo) e a viagem de Lionel com a filha à Alemanha. Mas, no geral, vale uma conferida.

Nota: 6,5

(35 Rhums, de Claire Denis. Fra, 2008. 100min. Panorama do Cinema Mundial)

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