terça-feira, 1 de outubro de 2013

O Futuro


A trama começa quando os irmãos Bianca e Tomas se veem sozinhos em Roma. Seus pais morreram em um acidente de carro, o restante da família está no Chile e Bianca, aos 19 anos, tem que assumir responsabilidade pelo irmão, ainda menor de idade. O problema é que ela ainda não sabe cuidar de si própria e parece tão perdida quanto ele, por isso não oferece resistência quando Tomas deixa dois amigos que acabou de conhecer se instalarem na casa deles. A intenção deles, na verdade, é convencer os irmãos a fazer parte de um plano para roubar Maciste, um antigo astro de filmes de ação e mister universo que se isolou do mundo em sua mansão. Para tanto, o plano é usar Bianca para seduzir o desconfiado recluso.

O roteiro não decide em qual história pretende focar: no drama dos irmãos órfãos, na estranha convivência deles com os amigos de Tomas, na solidão de Maciste ou no romance deste com Bianca. O resultado é inócuo: o filme não se aprofunda em nada. Conforme a trama avança, nada de substancial acontece. O argumento poderia seguir vários caminhos, do romance, do thriller ou até mesmo do drama existencial, mas a diretora chilena Alicia Scherson prefere fazer tomadas turísticas da cidade eterna em vez de desenvolver algo mais palpável. Além do mais, muitas coisas são deixadas indefinidas. Um exemplo é a insinuação de que Maciste teria algo a ver com o acidente que matou os pais dos protagonistas. A informação é inserida e deixada no ar sem que haja nenhuma repercussão a respeito. Embora não seja desagradável de assistir, O Futuro é um filme que termina sem dizer a que veio.

Mostra Première Latina


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