quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Gesto Obsceno


Michael Klienhouse é um pacato cidadão que tem sua rotina virada pelo avesso depois que uma desavença de trânsito o coloca em rota de colisão com Dreyfus, ex-agente secreto que se acostumou a não respeitar nada nem ninguém. Michael acredita que pode resolver o problema recorrendo à polícia, ignorando que Dreyfus tem altas conexões no poder público.

Um filme de ritmo e estilo irregular: no princípio parece um thriller, fica arrastado e dramático pelo meio, resvala na comédia e termina de maneira bem curiosa. Mas, apesar dessa indefinição na abordagem, Gesto Obsceno vale uma conferida. O mais interessante é notar o efeito dominó causado pelo tal gesto, feito pela esposa de Michael, ou seja, o quanto um acontecimento insignificante pode causar de pesadelo na vida de toda uma família. Por outro lado, também notamos que os problemas pelos quais o casal passa servem para ao menos tirá-los do marasmo em que viviam antes. Só é uma pena que a transformação de atitude do protagonista seja feita na tela com sutileza paquidérmica: num momento ele se esconde de bandidos atrás do filho pequeno, logo depois dá uma de Rambo israelense. Atenção também para a cena final, divertida justamente pelo absurdo.

Gesto Obsceno (Tnuah Meguna), de Itshak “Tzahi” Grad. Com Gal Zaid, Keren Mor, Asher Tsarfati, Ya'acov Ayaly, Ania Bukshtein. Israel, 2006. 95min.

Mostra Expectativa

Nota: 5,0

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