terça-feira, 7 de outubro de 2008

Waltz with Bashir


O diretor Ari Folman, em versão animada, conversa com um velho amigo do exército em um bar. Este lhe conta sobre um sonho recorrente, em que ambos são perseguidos por cães raivosos, e acredita que a imagem tem relação com a experiência deles no exército israelense durante a Guerra do Líbano (anos 80). Ari descobre, então, que não consegue se lembrar desse período e inicia uma jornada para resgatar sua memória, através de encontros com os amigos da época. Exibido em Competição no Festival de Cannes 2008.

O longa utiliza a mesma técnica de animação celebrizada por Richard Linklater em Waking Life e O Homem Duplo, a rotoscopia. Basicamente, as cenas filmadas com os atores são reproduzidas depois em animação computadorizada, com um grande nível de detalhamento da expressão facial e dos movimentos dos atores originais. É um filme muito interessante esteticamente, mas que não funciona tão bem em termos de ritmo e roteiro. Passado o encantamento inicial com o visual do filme, o que sobra é uma longa viagem do protagonista em busca de suas memórias perdidas. É cansativo, desinteressante e faz um longa que não chega a uma hora e meia de duração parecer ter o dobro disso.

Waltz with Bashir (Vals im Bashir), de Ari Folman. Israel / França / Alemanha, 2008. 87min.

Mostra Panorama

Nota: 4,0

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