sábado, 20 de setembro de 2008

Casa Negra


Juno, um funcionário recém-contratado de uma companhia de seguros, é enviado à casa de um cliente, Park Chung-bae. Chegando lá, Juno testemunha o momento em que Park encontra o filho de sete anos morto. Embora a polícia considere o caso como suicídio, Juno desconfia que o pai assassinou o menino para receber o seguro. Por conta própria, começa a investigar Park. Ele está certo de que aquilo só pode ser obra de um psicopata, o que põe sua própria vida em risco.

Conforme todo fã de cinema trash sabe, determinados filmes são tão toscos que isso chega ao ponto de se tornar uma qualidade. Casa Negra tem alguns dos diálogos mais inacreditáveis que eu já ouvi na minha vida. Imaginem um homem adulto, supostamente inteligente, que responde à pergunta “você sabe o que é um psicopata?” com um sincero e sonoro não. Segue-se uma explicação (séria) sobre o que é um psicopata, ao que nosso personagem pergunta qual a diferença deles para os “loucos”, e tudo culmina com declarações do tipo “psicopatas também são gente”. Acreditem, o carinha é poliana total. Esse diálogo memorável dá apenas uma pálida idéia do grau de insanidade do filme.

Casa Negra é um filme totalmente “sem noção”, que se transforma em terrir involuntário – o que só torna tudo ainda mais engraçado. As cenas que deveriam dar sustos provocam risadas incrédulas. A julgar pela platéia, podia-se ter a impressão de estar assistindo a um filme do Monty Python. E olha que foi a última sessão de um exaustivo dia, só mesmo um samba do crioulo doido que nem esse pra arrancar risadas e aplausos à meia-noite. É tão ruim que é bom.

Casa Negra (Geomeun Jib), de Shin Terra. Com Hwang Jung-min, Yu Sun, Kang Shin-il, Kim Seo-hyung. Coréia do Sul, 2007. 104min.

Mostra Midnight Movies

Nota: 6,0

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