sexta-feira, 26 de setembro de 2008

O Último Reduto


Numa região decadente próxima a Paris, o imigrante muçulmano Mao possui uma empresa (conserto de caminhões e/ou transporte, isso não fica bem claro). Ele explora os funcionários e tenta mascarar a negligência de suas obrigações trabalhistas concedendo benefícios como uma mesquita que manda construir na empresa. O que também é uma forma de pressionar a conversão de todos ao Islã. Quando ele impõe um líder espiritual de sua escolha, alguns funcionários começam a questionar a autoridade absoluta do patrão. Exibido na Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes 2008.

O filme começa muito lento, com dois muçulmanos levando um papo sobre religião. Achei mau sinal aquilo. Logo a seguir, uma cena de impacto: depois de ser atormentado pelos colegas trabalho, que não o consideram um “bom muçulmano”, um homem entra no banheiro e tenta fazer uma circuncisão nele mesmo. Depois ainda tenta convencer o supervisor a considerar o fato acidente de trabalho. Epa! Não é que ficou interessante?

A questão de misturar ambiente de trabalho com religião e a campanha do chefe para converter seu pequeno rebanho de funcionários também é bastante original, ainda mais considerando que esse mesmo patrão tão religioso não tem pena de seus irmãos na hora de cortar despesas. Mas o filme não consegue manter o nível de interesse em alta e falta-lhe também um pouco de foco, um encadeamento melhor de roteiro. Digamos que seja um filme médio com bons momentos isolados. O que piora um pouco a média é o final ser extremamente sem graça e os atores serem muito, muito fracos.

O Último Reduto (Dernier Maquis), de Rabah Ameur-Zaïmeche. Com Salim Ameur-Zaïmeche, Abel Jafri, Sylvain Roume, Christian Milia-Darmezin, Rabah Ameur-Zaïmeche. França / Algéria, 2008. 93min.

Mostra Expectativa

Nota: 5,0

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