domingo, 28 de setembro de 2008

Primeiras Impressões

Hoje finalmente parece que teremos um dia/noite sem chuva. Até agora, o fenômeno da natureza tem sido a maior constante deste Festival. Tem chovido todo dia, e às vezes o dia todo. Já estava incomodando até mesmo um ser adepto do friozinho como eu. Sem contar que ninguém aguenta mais me ver rondando pelas salas de cinema com aquele casaco preto - o único impermeável que eu tenho.

Com exceção do filme dos Coen e o da Madonna, não me deparei com muitas filas ou sessões lotadas. Até mesmo a Première Brasil, que costuma ser inflacionada por todos os amigos de cada um que trabalhou no filme, anda razoavelmente tranquila. Mas é certo que as sessões de Vicky Christina Barcelona (novo longa do mestre Woody) na próxima quinta estarão abarrotadas.

Quanto aos tradicionais atrasos e problemas ténicos, o que mais tem incomodado o público são as malfadadas legendas eletrônicas. Ou estão fora de sincronia, ou desaparecem. Ou então apresentam traduções bizarras como "meu apartamento está tão vizinho" para my apartment is so empty (!!!). O defeito mais animado, que acabou virando festa, ocorreu no filme da Madonna, quando a imagem sumiu da tela por mais de dez minutos antes que alguém tomasse uma providência. E os espectadores continuavam lendo as legendas debaixo da tela preta. Alguns comentaram que estava no estilo do filme.

Para aqueles que se ligam em ver gente famosa, a melhor pedida continua sendo dar uma passadinha à noite pelo Palácio 1, já que é lá que acontecem as sessões de gala dos filmes nacionais. Só nestes três primeiros dias, já andaram por lá o showman Michel Melamed, o diretor teatral Ivan Sugahara e os atores Daniel de Oliveira, Matheus Nachtergaele, Alessandra Negrini, Malu Mader, Maria Flor e Cleo Pires. Sem contar que esse deve ser o último ano que o Palácio integra o Festival, já que o cinema foi vendido. Vai deixar saudade essa sala tradicionalíssima. No Odeon também acontecem coisas bacanas como, por exemplo, a apresentação do Afro-Reggae que rolou antes da exibição do longa Pan-Cinema Permanente (Waly Salomão, assunto do filme, era padrinho do grupo). Um frio de rachar e o povo requebrando na Cinelândia, na porta do cinema. Esses momentos que fazem do Festival do Rio um acontecimento sui generis.

Dentre a galera da imprensa, algumas daquelas figuraças que a gente só vê uma vez por ano não deram o ar da graça esse ano. O pessoal reclamava, mas agora sentiu falta. No mais, teve a pessoa que deu a polêmica declaração de que o filme A Casa da Mãe Joana seria (na opinião dela, gente!) melhor que Ensaio sobre a Cegueira e Linha de Passe. E olha que eu nem sou tão fã assim de Ensaio...

E os filmes, né? Alguns justificaram a alta expectativa, como Queime Depois de Ler e Sujos e Sábios. Outros foram uma agradável surpresa, como O Bom, o Mau, o Bizarro. E alguns decepcionaram, como o Sinédoque, Nova Iorque do Kaufman. Normal, faz parte.

Aí embaixo tem fotos com o Andy Malafaia e a Geo Euzebio, colegas do CinePlayers que conheci no Festival passado e nesta edição de 2008 se tornaram grandes companheiros de sala escura. Valeu, crianças, a companhia de vocês está sendo show!!!

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