terça-feira, 23 de setembro de 2008

Noites de Tormenta


Adrienne Willis foi trocada por outra, mas o marido agora quer voltar. Os filhos a pressionam para aceitá-lo de volta e ela, indecisa, resolve refletir por uns dias enquanto cuida da pousada à beira-mar de uma amiga. O tempo está instável e, no local, apenas um hóspede é esperado: Paul Flanner, um médico em crise profissional e pessoal. Uma grande tempestade e os perigos de um furacão aproximam Adrienne e Paul e eles vivem um intenso e inesperado romance que trará mudanças para a vida de ambos.

Novelão mexicano brabo. Previsível, esquemático, repleto de clichês do primeiro ao último fotograma. Chega a ser constrangedor o modo como os personagens caem de amores um pelo outro em meio ao temporal. E o mais estranho é que eles trocam as mais exuberantes juras de amor, mas não conseguem transmitir o sentimento. São apenas palavras ao vento em um filme morno, que piora com o desfecho melodramático e previsível. Os personagens são mal-delineados, rasos, banais. Um exemplo disso é a filha adolescente de Adrienne, que é uma revoltada insuportável o filme inteiro e no final vira um anjinho ao saber que o pai traía a mãe.

E ainda tem o fator Richard Gere... Gere consegue interpretar bem, mas quando quer (ou quando é bem dirigido, sei lá). O galã grisalho estava ótimo em Chicago e melhor ainda em O Vigarista do Ano. Mas, em compensação, quando o cara resolve atuar no piloto automático como neste filme aqui... É duro de aguentar. É um tal de dar aquela paradinha de lado e apertar os olhinhos para demonstrar sofrimento que chega a ser cômico. Diane Lane está melhor, mas também tem seus rompantes de overacting e não é ajudada nem um pouco pelos diálogos cafonas.

Noites de Tormenta (Nights in Rodanthe), de George C. Wolfe. Com Richard Gere, Diane Lane, Scott Glenn, Christopher Meloni, Viola Davis. Estados Unidos, 2008. 97min.

Mostra Panorama

Nota: 3,0

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